Revista Non Plus (USP)
O artigo debruça-se sobre os dois volumes de Mémoires d’un touriste (1838), de Stendhal, bem como Lanzarote et autres textes (2000), de Michel Houellebecq, com o intuito de mapear a evolução e os efeitos da indústria do turismo em dois momentos distintos da sociedade francesa (e, por extensão, ocidental). Os 162 anos que separam uma obra da outra ilustram dois momentos antipodais na sociedade francesa e na lógica das relações interpessoais que a perpassam e a constituem. Nesse sentido, uma aproximação entre Stendhal e Houellebecq revela a passagem da ebulição de classe republicana ao esvaziamento apático e liberal dos dias atuais – um movimento que será aqui analisado sob o prisma do narrador-turista.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/nonplus/article/view/46984